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MEDICOS DO SAP DE BENAVENTE, ESTÃO A MANDAR DOENTES PARA CASA A "CHÁ E TORRADAS"

 

NOTICIA JORNAL O MIRANTE

 

Os médicos do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Benavente não têm especialização adequada às funções que exercem, estão a prestar um mau serviço à população e já chegaram a enviar doentes para casa aconselhando-os a tomar chá e torradas. As críticas partem da comissão de utentes que promoveu uma manifestação a exigir melhores cuidados de saúde.

 

 

Os médicos contratados por uma empresa privada que estão no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Benavente “não têm qualidade nem especialização adequada para exercer as suas funções”. A crítica é feita pela Comissão de Utentes de Saúde de Benavente que garante que já foram registados casos em que os doentes são enviados para casa “com a indicação de beber um chá e comer uma torrada”.

Na quarta-feira, 13 de Abril, uma centena e meia de pessoas reuniu-se à porta do SAP a exigir mais e melhor saúde no concelho. Perante a plateia Domingos David, coordenador da comissão, e Leonor Parracho, presidente da Junta de Freguesia de Benavente (CDU), teceram duras críticas aos responsáveis pela saúde e lamentaram os novos horários de funcionamento do SAP. “O serviço abria às 8h00 e desde o dia 1 de Abril que passou a abrir às 9h00. É inaceitável. Não nos calaremos até que os problemas sejam resolvidos”, afirmou Domingos David.

Como O MIRANTE já noticiou, no início do ano, alguns clínicos que ali prestavam serviço no horário da manhã chegaram a adormecer em plena consulta, o que motivou mudanças nas escalas dos médicos o que não trouxe melhorias, na opinião da comissão.

“Tanto quanto sabemos esses médicos já foram substituídos mas a informação que temos é a de que estes novos médicos não têm especialização adequada para estar nas urgências. Alguns estão aqui em situação de reforma e desactualizados”, lamenta Domingos David. O MIRANTE tentou obter um esclarecimento adicional sobre esta matéria junto dos responsáveis mas tal não foi possível até à data de fecho desta edição.

A adesão popular à “Acção em Defesa do SAP” deixou os responsáveis da comissão satisfeitos, num concelho que tem actualmente perto de sete mil utentes sem médico de família. “Temos na manifestação utentes de Benavente, Samora Correia, Porto Alto, Salvaterra de Magos e até do Biscainho (concelho de Coruche). Todos se servem do serviço e vieram para dizer que não querem que o SAP seja amputado. Queremos que funcione 24 horas por dia e com a qualidade que as populações merecem”, sublinhou Domingos David.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), usou da palavra para garantir que o município “tudo fará” para defender o serviço de saúde. Um dos utentes em protesto, Alexandre Osório, deixou críticas: “O povo mobiliza-se e vem para a rua protestar. Os políticos vêm vender o seu peixe em tempo de eleições”, criticou.

No local esteve também o deputado do PCP, António Filipe, que deu razão às queixas da população, que por sua vez lamentou a presença dos políticos. “Isto agora só lá vai com um novo 25 de Abril porque a classe política está a cair de podre”, acusou Ana Rodrigues. A única representante da classe política a ser aplaudida com vigor no final do discurso foi Leonor Parracho, presidente da Junta de Freguesia de Benavente e membro da comissão de utentes. “A semana passada estive aqui no SAP durante três horas à espera que me chamassem. Isso não é humano”, lamenta Gertrudes Cunha. Outros populares criticam a “atitude pedante” dos médicos, “que chegam tarde e ainda parecem gozar com quem está à espera”, acusam.

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