Decorreu no dia 01 de Março do corrente ano, o II Capítulo da Confraria do Torricado com Bacalhau.
Estiveram presentes no Palácio do Infantado em Samora Correia, para esta cerimónia: Confraria Gastronómica de Almeirim; Confraria do Touro Bravo; Confraria das Almas Santas e do Leitão; Confraria da Chanfana e Confraria do Bucho de Arganil, Câmara Municipal de Benavente, Junta de Freguesia de Samora Coreia, Sociedade Filarmónica União Samorense; Grupo Desportivo de Samora Correia e alguns candidatos a Pichelim, além dos novos Pichelins, Rogério Silva oriundo de Santo Estêvão, António Dionísio que chegou de Coruche e Francisco Carvalho que veio da Costa da Caparica.
Após o discurso da ordem do Pau Mandado desta confraria, o Sr. Presidente da Câmara também dedicou umas palavras a todos os presentes, mas a surpresa da manhã foi a lição de Sapiência de um Samorense com mais de oitenta anos, de seu nome João Oliveira Godinho que faz de sua morada Alcochete, mas não esquece as suas raízes em Samora e lembrou episódios do dia a dia da sua juventude, que merecem ser preservadas, pois o inicio do século passado está pouco documentado nesta região e estas memórias não duram para sempre.
Após um desfile por algumas Ruas de Samora Correia rumou-se á sede da SFUS, na qual se presenciou a actuação do Rancho Ceifeiras e Campinos desta Colectividade e se tomou o primeiro aperitivo do dia.
Após esta apresentação de Folclore, que juntamente com a lição de Sapiência que tivemos no Palácio do Infantado, lembrou-nos que uma das principais razões deste encontro era dignificar o Torricado Com Bacalhau.
Assim, rumou-se não a pé, nem em carroças nem tão pouco em carro de bois ou a cavalo como os nossos Campinos o faziam para o local do repasto, antigamente era para o local de trabalho, perdido na Charneca.
No Restaurante o Fandango, após umas pequenas entradas, foi servido o Torricado, seguido de um Cozido de Carnes Bravas, regado por um Tinto Escolha da Companhia das Lezírias, que muito têm a ver com Campinos e Torricado, a finalizar foi servido um Arroz Doce e um Pudim de Pão que fez lembrar as receitas das nossas avós.
Antes de cada um ir para os seus locais de pernoita, ouviu-se uma sessão de fado, pois além do folclore o fado era o que alegrava as nossas gentes nas suas labutas pelas Várzeas e Charnecas da Região.
Bem, desejando que as Assembleias Mensais que esta Confraria realiza, sejam uma boa preparação para a realização do III Capítulo, se deu por encerrada esta cerimónia.