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SAMORA EM MOVIMENTO

" A INFORMAÇÃO NO MOMENTO "

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A FESTA BRAVA PRECISA DE UM IDOLO QUE ARRASTE MULTIDÕES

 

 

PEDRO SALVADOR

 

 

 

NOTICIA JORNAL MIRANTE

 

 

Um novo rosto que arraste as multidões para as praças de toiros, a adesão cada vez maior dos jovens à tauromaquia e a necessidade de criar espectáculos taurinos para as crianças foram as principais ideias que saíram de um debate em Samora Correia.

 

 

Um novo ídolo no toureio é o que falta para trazer mais gente às praças de toiros. Esta foi uma das principais certezas que saiu da conversa taurina “A Juventude e a Tauromaquia” que decorreu no Centro Cultural de Samora Correia integrado no programa da VI Semana Taurina daquela cidade. Pedro Salvador, Manuel Dias Gomes, João Salgueiro da Costa, António Ribeiro Telles, Catarina Ribeiro Telles e Maurício do Vale foram os convidados que se sentaram em sofás para conversarem sobre a tauromaquia numa sala praticamente cheia.

 

Uma das primeiras ideias lançadas foi a necessidade de ver nascer um ídolo que arraste multidões. “Há falta de adesão ao espectáculo da festa brava porque faltam novos ídolos. O público precisa de ver alguém a romper, de novas caras”, afirmou o cavaleiro tauromáquico Pedro Salvador.

 

Também o novilheiro Manuel Dias Gomes acha que Portugal está a precisar de “novos valores da tauromaquia”: “É preciso ter ambição e desejo, mas também muita regularidade na prática e todos temos o nosso ofício. Em Portugal não temos muito apoio, mas não podemos desistir. Todos podem vir a ser o ídolo que o toureio precisa”.

E se o peso de um apelido para um jovem pode ser aparentemente bom, nem sempre ajuda. “Se existem algumas portas abertas, por outro lado o grau de exigência é também maior. Eu acredito que quando temos valor e trabalhamos, o triunfo vem ao de cima”, disse o cavaleiro João Salgueiro da Costa, que se vê constantemente a ser comparado ao pai, João Salgueiro.

 

O público também não é o mesmo e pede muito mais do que a simples emoção de ver um homem a enfrentar um toiro. “Hoje as pessoas querem número, já não chega a emoção. Não se limitam a ver um toureiro a enfrentar o toiro, mas querem ver o cavalo a fazer uma lambada. Estão concentradas nos adornos”, apontou Pedro Salvador.

O especialista em tauromaquia Maurício do Vale chamou a atenção para a responsabilidade dos professores que devem tratar da tauromaquia sempre que abordarem as tradições do país. “Se forem a uma festa brava não se vê ninguém a colocar bandarilhas noutra pessoa. No fim de um jogo de futebol andam todos aos pontapés”, exemplificou quando tentou mostrar que a festa brava não passa pela violência, ao contrário do que muitos detractores pensam.

 

Os convidados acreditam que existem cada vez mais jovens interessados nos toiros e para isso basta reparar nos espectadores da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, que agora está na moda. Na preservação da tradição conta ainda o papel das autarquias, frisou Catarina Ribeiro Telles.

 

Uma coisa parece certa: a tauromaquia já viveu tempos melhores, mas nem por isso o ânimo deixa os jovens praticantes que querem triunfar na arena. “O público merece o respeito dos toureiros e basta olhar para o número de pessoas nesta sala para o comprovar”, concluiu Pedro Salvador, recebendo em troca muitos aplausos.

 

 

 

MANUEL DIAS GOMES

 

 

 

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