A Comissão Política do PSD de Benavente e os Autarcas eleitos pelo PSD nos vários Órgãos Autárquicos do Município decidiram manifestar publicamente a sua tristeza e revolta pelo estado em que se encontra a “Saúde” no seu Município.
Lamentamos, profundamente, a incompetência demonstrada pelos responsáveis da situação dramática vivida por esta população. Começando pelo Ministério da Saúde, passando pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e acabando na Direcção do Agrupamento de Centros de Saúde Lezíria II, não vemos mais do que uma grave falta de respeito por todos nós.
Considerando: 1) A situação vergonhosa que se está a viver no SAP (Serviço de Atendimento Permanente) de Benavente, um serviço que devia responder a situações de urgência e que durante o dia (das 08.00h às 20.00h o serviço é assegurado por uma empresa privada contratada pelo ACES) funciona vergonhosamente, havendo mesmo dias em que está fechado porque os médicos faltam ao trabalho;
2) Os milhares de utentes que neste momento já não têm Médico de Família em todo o Município (o número de médicos em vez de aumentar diminui, contrariando os nossos índices de crescimento populacional);
3) O encerramento há largos meses das Extensões de Saúde do Porto Alto e da Barrosa;
4) A não substituição da única Médica de Família das Extensões de Saúde de Santo Estêvão e Foros de Almada, que por motivos de doença “está de atestado”;
O PSD de Benavente, e todos os seus autarcas, querem comunicar à população que já estão a trabalhar em estratégias adequadas e necessárias a uma rápida intervenção junto das entidades competentes.
A Constituição da República Portuguesa consagra, no seu artigo 64.º o Direito à Protecção da Saúde através de um Serviço Nacional de Saúde universal e geral, cabendo ao Estado a obrigação de garantir o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação, garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde.
Ao lermos este artigo da Lei Fundamental de Portugal, importa questionar o porquê de no Município de Benavente tal lei não ser cumprida.
Aquilo que a realidade nos apresenta é um Agrupamento de Centros de Saúde Lezíria II, cuja Direcção não consegue, ou não quer, apresentar soluções e metodologias de actuação adequadas para o Centro de Saúde de Benavente e respectivas extensões de saúde associadas.
Exigimos que o Ministério da Saúde, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo e a Direcção de Agrupamentos dos Centros de Saúde Lezíria II, olhem com mais respeito e dignidade para esta situação.
A política centralista deste Governo PS já nos tinha habituado a muitos silêncios.
Contudo, dada a gravidade da situação que estamos a viver, estranhamos, e muito, o silêncio do PS local.
É contra este silêncio irresponsável que faz um Município como o de Benavente, com cerca de 30.000 habitantes, viver num ambiente do terceiro mundo; é contra esta política demagógica do PS, do Governo, do Ministério da Saúde e seus “afluentes”; e é contra quaisquer interesses ocultos que poderão estar por detrás do abandono a que nos estão a sujeitar, que o PSD irá lutar, ao lado da população, até que nos passem a tratar com o respeito e a dignidade que qualquer ser humano merece.
O PSD exige imparcialidade, verdade e transparência às entidades que tutelam a “Saúde” deste Município. Para nós, basta desta gestão de secretária que nem sequer conhece a realidade dos factos!
Por último, os poucos Médicos, Enfermeiros e Auxiliares que temos, merecem uma palavra de reconhecimento por todo o esforço que têm feito na tentativa de minimizar os danos provocados pelos que fazem a gestão do seu trabalho.
Benavente, 25 de Fevereiro de 2010 O Presidente da Comissão Política Ricardo Oliveira